quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Subsídio Lição 08 - A Oração Sacerdotal de Jesus Cristo

A Oração Sacerdotal de Jesus Cristo - Pr. Geraldo Carneiro Filho

I – INTRODUÇÃO:
• Jesus, o Filho de Deus, no fim e no maior grau do Seu ministério terrestre, na véspera de Seu próprio sacrifício, levantou os olhos e falava com Seu Pai. É um dos acontecimentos mais maravilhosos da Bíblia. Nesta oração o Senhor apresentou ao Pai a Sua obra completa e orou acerca dos acontecimentos futuros: A segurança e o destino glorioso dos Seus. Sua oração abrange a luta e as necessidades dos remidos na vida de hoje. JESUS, É O NOSSO INTERCESSOR!

II - JESUS ORA POR SI – Jo 17:1-5:
• LEVANTANDO SEUS OLHOS AO CÉU – v. 1 – Às vezes, nossos gestos tem uma parte importante na oração e na adoração. Jesus levantou os olhos ao céu, pois aí está o trono do Pai (Is 66.1).
• É CHEGADA A HORA – v. 1 - A hora prometida por Deus e esperada por quatro mil anos pelo povo de Deus, por fim, chegara. A hora estava próxima para a Semente da mulher ferir a cabeça da serpente (Gn 3.15). Foi a hora do destino do mundo, da glorificação do Pai, de consumar Sua obra… tudo na hora marcada.
• O céu estava tão chegado à alma de Cristo como o nome Pai. Seis vezes neste capítulo Ele assim se dirigiu a Deus. Seu Deus não era um ser longe, que Ele se esforçava para descobrir. Mas foi Um com quem andava em comunhão íntima e em acordo perfeito.
• COMO LHE DESTE PODER SOBRE TODA A CARNE - v. 2 - Grande é o propósito e a glória da redenção. Cristo é seu Administrador e toda a raça humana seu beneficiário. As chaves dos céus estão em Suas mãos; a salvação de todas as almas ao Seu dispor.
• A VIDA ETERNA É ESTA - v. 3 - Quando as Escrituras falam na vida eterna, querem dizer mais do que a existência eterna, porque até os iníquos existem no inferno.
• A vida eterna é vida verdadeira, vida de comunhão com Deus, comunhão que a morte não pode romper, nem destruir. A vida eterna é a existência assim como Deus a preparou; a morte eterna é a existência fora deste plano. A vida eterna refere-se mais à qualidade do que à quantidade.
• EU TE GLORIFIQUEI NA TERRA - v. 4 - Como tinha glorificado o Pai? Será fácil para nós glorificarmos a Deus nos céus; mas será possível glorificá-Lo no lar, na fábrica, no escritório ou em qualquer lugar? O nosso Grande Exemplo, Jesus Cristo, provou que sim, glorificando-O na Palestina, cercado de pobreza, de doença, de malícia, de discípulos falsos, e de pecado de toda a forma.
• AGORA, GLORIFICA-ME - v. 5 - Cristo pede ao Pai que O levante das profundezas do opróbrio e tristeza, onde estava a ponto de descer. Pede para ser novamente restaurado à glória que deixara voluntariamente, à glória que tinha antes da fundação do mundo. Ainda mais: Pede o gozo de comunhão com o Pai.
• “Junto de Ti mesmo”, é o clamor da alma que anela estar no seio do Pai. Que haja em nós o mesmo sentimento que houve em Cristo (Fp 2.5; II Cor 8.9).

III - JESUS ORA PELOS DISCÍPULOS - Jo 17.6-19:
• Em nossa intercessão, devemos seguir o exemplo de Cristo, orando primeiramente por nós mesmos. Sem isso, não alcançaremos coisa alguma para o próximo.
• A grande oração sacerdotal de Cristo foi oração depois de Seu sermão aos discípulos: convém-nos orar por aqueles a quem já proclamamos a Palavra.
• Foi uma oração depois da Ceia: é próprio orar depois de observar a Ceia, para que a bênção recebida seja permanente.
• Foi oração familiar: Jesus e Seus discípulos constituíam uma família; os pais de família devem orar por suas famílias e com elas.
• Foi uma oração de despedida: ao despedirmo-nos dos irmãos e amigos é bom orar (At 20.26).
• Foi uma oração antes do Seu sacrifício na cruz: convém ao sacerdote orar antes de fazer seu sacrifício (I Pe 2.9; Apc 1.6).
• Foi um exemplo da oração de intercessão que Ele continua a fazer (Hb 7.25), incentivando-nos a desempenhar nosso dever de interceder (I Tm 2.1).
• São quatro os pedidos de Jesus pelos discípulos na Sua grande oração sacerdotal:
• (1) - Sua preservação, vs. 11-15.
• (2) - Sua consagração, vs. 16-19.
• (3) - Sua unificação, vs. 20-23.
• (4) - Sua glorificação, v. 24.
• ELES ESTÃO NO MUNDO - v. 11 - Jamais houve mãe que orasse pelo filho no campo de batalha, com mais insistência do que Jesus pelos discípulos, que ia deixá-los no mundo, isto é, como cordeiros no meio de lobos (Lc 10.3).
• PARA QUE SEJAM UM - v. 11 - Jesus não orou que Seus discípulos fossem grandes no mundo, nem ricos entre os homens; mas rogava que fossem um, como Ele e o Pai são Um.
• Qual é o maior anelo de nosso coração? Que sejamos bem alimentados, bem vestidos e bem desenvolvidos ou que antes sejamos um como Cristo e Seu Pai é Um? (Sl 133).
• GUARDAVA-OS NO TEU NOME - v. 12 - O valor extraordinário do crente consiste nisto: ele é o presente do Pai ao Seu Filho como prova de Seu amor para com Ele. No exterior, o crente parece-se como qualquer homem; porém, no coração, há o sinal de que ele pertence ao Cordeiro de Deus.
• SENÃO O FILHO DA PERDIÇÃO - v. 12 - Palavras estas, enunciadas por um Salvador meigo e cheio de misericórdia, ensinam-nos o horror que esperam todos que, deliberadamente, seguem suas próprias inclinações carnais, pecando contra a luz dos céus.
• PARA QUE A ESCRITURA SE CUMPRISSE - v .12 - Notemos como, mesmo em uma oração da maior solenidade, dirigida pelo Filho ao Pai, há lugar para palavras que dão maior honra e importância às Escrituras Sagradas.
• PARA QUE TENHAM A MINHA ALEGRIA COMPLETA - v. 13 - Cristo pediu ao Pai que nos concedesse Seu gozo completo. Se não temos é porque não o reclamamos. No mundo temos aflições, mas devemo-nos regozijar, Cristo já venceu o mundo (Jo 16.33).
• DEI-LHES A TUA PALAVRA - v. 14 – Leiamos em espírito de meditação: Jo 3.34; 5.24, 38; 6.63; 8.31, 37, 43, 47; 12.47-50; 14.10, 24; 17.6, 8.
• NÃO PEÇO QUE OS TIRE DO MUNDO - v. 15 - Cristo não deseja que Seus discípulos fiquem em um convento, separados do mundo. É Seu plano que o sal permaneça na terra, para ele não ficar insípido; deseja que Seu povo fique no mundo para iluminá-lo com luz celestial (Mt 5.13-14).
• SANTIFICA-OS NA VERDADE - v. 17 - A primeira coisa que pediu para Seus discípulos foi a sua preservação; a segunda, a sua santificação. Para que ninguém se enganasse, acrescentou: A Tua palavra é a verdade. A Palavra revelada de Deus é que santifica. A vida cristã, de fato, é mais importante do que a doutrina cristã, porém, sem a verdadeira doutrina cristã é impossível haver vida cristã (Sl 119.11).
• COMO TU ME ENVIASTE AO MUNDO - v. 18 - Este versículo é um dos grandes textos missionários da Bíblia (Jo 17:15). Já aceitamos a nossa comissão, dada por Cristo? Como o Pai O enviou, Ele nos tem enviado. Estamos no mundo para cumprir esse grande plano.

IV - JESUS ORA POR SUA IGREJA - Jo 17.20-26:
• O grande Sumo Sacerdote continua em pé diante do altar no céu, quase dentro do véu, fazendo Sua intercessão. Depois, na cruz, o véu rasga-se, abrindo para nós o Santo dos Santos (Jo caps. 18 a 21).
• NÃO ROGO SOMENTE POR ESTES, MAS TAMBÉM… - v. 20 - Cristo começa, nesta altura, Sua intercessão por nós, os crentes atuais. Com o maior gozo podemos servir incansavelmente, descansando na certeza de o Pai responder as Suas súplicas por nós.
• PARA QUE TODOS SEJAM UM… - v. 21 - A verdade central desta sublime oração é o milagre da união dos crentes com o Pai e o Filho, formando um só corpo e todos os membros unidos uns aos outros.
• PARA QUE O MUNDO CREIA… - v. 21 - Por meio desse milagre da unidade dos crentes, o mundo será convencido da verdade do Evangelho.
• DEI-LHES A GLÓRIA… - v. 22 - Na mesa, Jesus legou aos discípulos Sua paz (Jo 16.33). Agora, acrescenta também Sua glória. Deixa com eles todos os Seus tesouros, todo o esplendor das Suas infinitas riquezas de Seu trono e de Sua glória.
• QUE OS TENS AMADO A ELES COMO ME TENS AMADO A MIM - v. 23 – Façamos a comparação com as seguintes passagens bíblicas: Jo 13.1; 14.21, 23; 15.8-10; 16.26, 27.
• PAI JUSTO, O MUNDO NÃO TE CONHECEU… - v. 25 - Fora de Cristo, o mundo não tem Deus. As ideias que os homens formam do Pai são falsas e pervertidas. Deus nunca foi visto por alguém. O Filho unigênito que está no seio do Pai, esse o fez conhecer (Jo 1.18).
• Os altares das religiões falsas são dedicados ao deus desconhecido (At 17.23). Não há uma coisa mais triste do que a maneira em que os homens mais célebres, através dos séculos, andam às apalpadelas à procura de Deus. O mundo não conheceu a Deus pela sua sabedoria (I Cor 1.21).
• EU NELES ESTEJA - v. 26 - Se um rei deste mundo passasse uma noite em nossa casa, faríamos todo possível para agradá-lo e, certamente, nada para desagradá-lo. Quanto mais nos convém fazer tudo para endireitar nossos corações e ter tudo em ordem para agradar o Rei celestial que entra em nossos corações para ficar!?

V – CONSIDERAÇÕES FINAIS:
• Nesta grande oração de nosso Sumo Sacerdote, vê-se a comunhão íntima entre o Pai e o Filho. Jesus orava sem cessar. Menciona-se como orou…:
• (1) - No Seu batismo (Lc 3.21);
• (2) - Cedo, de madrugada (Mc 1.35);
• (3) - Em um monte, depois de alimentar os cinco mil (Mt 14.23);
• (4) - A noite inteira, antes de escolher os doze apóstolos (Lc 6.12);
• (5) - Quando foi transfigurado (Lc 9.29);
• (6) - Por Pedro (Lc 22.32);
• (7) - No Getsêmani (Lc 22.44).
• Mas a Sua única oração extensa que é registrada, é esta da noite em que foi traído. Lembremo-nos de que é a oração dAquele que não somente falou como homem algum jamais falou, mas que também orou como homem algum jamais orou.

Fonte de consulta:
• Boyer, Orlando – A Espada Cortante Vol. 2 - CPAD

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